Essa não é uma resenha ou análise crítica do filme. O que escreverei serão apenas algumas analogias entre a filosofia do filme e a bíblia, então, querendo ou não, hora ou outra veremos alguns spoilers, hehe. Ah, sobre o filme ser já ‘antigo’, que já saiu do cinema, eu sei: só vejo filmes se for na casa de outras pessoas.
O filme é bem divertido. Parece uma mistura de O Mentiroso e Todo-Poderoso, com a diferença de que ele é engraçado, ao contrário deste último. Enfim, é do estilo ‘bobo’ mas dá para dar boas risadas.
O que quero destacar é a filosofia contida no filme. Para explicar resumidamente: Carl Allen, insatisfeito com sua vida, participa de um evento proveniente de um livro de auto-ajuda, escrito por um guru chamado Terrence. Esse livro dizia que a vida apenas é vida se o ser humano disser “SIM” para tudo o que aparecer pela frente, e nunca dizer “NÃO”.
Quando ele diz SIM para tudo, todas as coisas vão se ajeitando e no final das contas ele se dá bem, e se por acaso ele soltar um NÃO, o caos é certo.
Da mesma forma é a nossa vida cristã. Em Romanos 8:28, é dito que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que foram chamados segundo o seu propósito”. (A bíblia diz que os que amam a Deus são os que o conhecem, e os que o conhecem são os que crêem no filho).
Muitos cristãos ignoram a bíblia em alguns aspectos. Por exemplo, são levados à corrupção ao passarem por apertos financeiros. Eles não dizem “SIM” para o que a Palavra fala. Outros ignoram procedimentos que o próprio Jesus deixou: não dão a outra face, não dão valor ao método da disciplina detalhado em Mateus 18:15-17. É sempre a desculpa do “na prática não é assim”. Ora, Jesus veio ao mundo para dizer que na prática É assim que deve ser feito!
A diferença é que Carl sempre via os resultados logo em seguida. Nós esperamos resultados imediatos, que produzam uma resposta momentânea para nossas atitudes, ao tomarmos tais procedimentos. É claro que isso nem sempre acontece. Há mães que por tomarem medidas bíblicas passam décadas orando para que seus filhos entendam que as atitudes que tomaram foram feitas em amor. O amor tem muito a ver com conflito. O cristianismo em si tem a ver com conflito. Conflito do homem com o pecado, de Deus com a natureza pecaminosa do homem. Mas Deus obteve soluções em amor, para o mundo, e, mesmo assim, o homem teima em olhar apenas para o conflito, e não para o amor.
É interessante que no filme, no final, o guru avisa o protagonista que ele estava usando o “SIM” de forma errada.
O período em que Carl quebra a cara com o excesso de sim’s serviu apenas de alerta para que ele aprendesse a usar o SIM. O SIM que Carl deveria buscar era o que ele “realmente” gostaria de dizer sim. Em paralelo com a bíblia, ao tomarmos decisões, devemos estar bem firmes com o que Deus diz a respeito de nossa situação. É preciso um apego com as Escrituras, dando valor para o contexto, para a essência da bíblia em si. Essa é a forma que usamos corretamente o SIM.
“Toda escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.” (II Timóteo 3:16-17)